Casa dos Ventos desembarca no setor solar e está de olho em soluções verdes

Empresa prevê produção de 4,2 GW em energias renováveis até 2026 com custo girando em torno de R$12 bi. Foto: Freepik

Casa dos Ventos, uma das maiores desenvolvedoras de projetos focados em energia eólica no país, anunciou ontem (20) sua entrada no mercado de energia solar e desenvolvimento futuro para combustíveis verdes.

Em coletiva de imprensa, Lucas Araripe, diretor executivo da companhia, informou que  até o início de 2026 a empresa pretende ter 4,2 GW de potência instalada em energias renováveis, sendo a produção de eólica (3,1 GW) e solar (1,1 GW). Com isso, a participação da energia solar será referente a 25% da produção total. 

investimento para a geração dessa potência até 2026 girará em torno de R$ 12 bilhões. Incluindo os já em andamento e as novas usinas isoladas.

Cerca de 70% desse valor será de financiamento de longo prazo fornecido pelos bancos BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e dinheiro captado no mercado de dívida. A empresa bancará R$ 3,5 bilhões, segundo o diretor executivo.

A produção de energia solar será feita tanto de forma híbrida quanto de forma isolada. A medida visa otimizar custos e utilizar infraestruturas de transmissão durante o período ocioso da produção eólica.

A geração híbrida será instalada no nordeste, em parques eólicos em funcionamento ou em fase de implantação na Bahia, nas usinas Babilônia Centro e Babilônia Sul e no Rio Grande do Norte, nos empreendimentos de Serra do Tigre e Rio do Vento.

Já os empreendimentos solares isolados têm previsão de serem instalados em São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a estimativa é de que estes parques gerem entre 400 MW e 500 MW.

De olho nas soluções verdes

A Casa dos Ventos, que desde 2022 conta com participação de 33% da multinacional francesa TotalEnergies, pode acelerar novos empreendimentos e já está de olho em soluções verdes, como a produção de hidrogênio verde, amônia e metanol.

De acordo com Araripe, a TotalEnergies está dando suporte técnico e trabalhando nas negociações com potenciais clientes para os combustíveis verdes, voltados para indústrias brasileiras, como produtoras de fertilizantes e siderúrgicas, que buscam a descarbonização de operações.

A exportação de hidrogênio verde em forma de amônia também está em negociação com o mercado asiático e europeu.

Fonte: Canal Solar